O presidente Jair Bolsonaro cancelou viagem ao Fórum Econômico Mundial (FEM), a ser realizado em Davos, na Suíça, a partir do dia 20, por razões amplas. O pronunciamento de Otávio Rêgo Barros, porta-voz de Bolsonaro, afirmou: “O presidente e os assessores analisaram uma série de aspectos: aspectos econômicos, aspectos de segurança, aspectos políticos. E o somatório desses aspectos, quando levados à apreciação do presidente, lhe permitiu avaliar que não seria o caso, neste momento, de participar desse fórum”.
Além disso, também foi negada qualquer hipótese de relação com o conflito atual contendo o Oriente Médio: “Não há qualquer ligação com os fatos envolvendo o Irã, Iraque e Estados Unidos também”, apesar do cancelamento ter sido feito um dia após a retaliação iraniana com ataque às bases militares norte-americanas no Iraque.
Como substituto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, irá representar o governo brasileiro no evento, de acordo com documento interno visto pela Reuters. Reuniões com o presidente da Microsoft e o presidente do Canadian Pension Investment Board, Mark Machin, são exemplos de alguns dos eventos previstos na programação do ministro, além dos painéis oficiais do FEM e outras solicitações extra fórum, que ainda estão pendentes.
Enquanto isso, Ibovespa encerra o dia de hoje, quarta-feira (08), em queda contínua há 4 dias, batendo 115.687 pontos após declaração do presidente norteamericano, Donald Trump, acerca de aplicar sanções contra Irã. O índice brasileiro também sente efeitos da desvalorização do petróleo da Petrobrás com o conflito. Ademais, o petróleo em contexto internacional baixou quase 4% no fim do dia. Mas, ao mesmo tempo, bolsas internacionais reagem positivamente ao discurso, fazendo subir os índices Dow Jones a 0,48% e o Nasdaq a 0,67%.
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O discurso também foi responsável por e a cotação do dólar comercial, pela primeira vez ao ano, para R$4,05, apesar do presidente negar risco de guerra. Trump ainda acrescentou em seu Twitterr que enquanto for presidente, não deixará o Irã se armar nuclearmente. O anúncio se refere ao comunicado feito pelo Irã no dia 5, domingo, sobre interromper aderência à política adotada no acordo nuclear internacional, criado por Barack Obama em 2015, do qual fazia parte e os Estados Unidos não mais desde 2018. O acordo estabelece um limite sobre o enriquecimento de urânio, que em pequena quantidade é utilizado em reatores nucleares, mas em maior, pode ser usado na confecção de armas nucleares. Entretanto, o Irã se disse disposto a negociar um acordo nuclear caso os EUA retirem as sanções impostas e respeitem seus interesses.